Cultura maker

Cultura maker: confira 5 melhores atividades

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Desenvolver seu próprio caminho em termos de aprendizagem pode ser um desafio quando falamos do dia a dia do estudante. Até porque, como em qualquer grupo de pessoas, em cada turma existem alunos com diferentes características e, embora saibamos que é mais efetivo que atinjam o objetivo esperado respeitando-se o ritmo e a melhor forma de aprender de cada um, fazer com que isso ocorra é algo bastante complexo para ser colocado em prática. Mas, e se houvesse uma abordagem que trabalhasse justamente a individualidade? E há. É o caso da cultura maker.

Essa perspectiva, além de unir tecnologia e criatividade, pode ser uma ótima forma de implementar um aprendizado focado no que o aluno tem a oferecer e em suas habilidades naturais. Entenda, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre a cultura maker!

O que é cultura maker?

A cultura maker é como uma evolução do conceito “Faça Você Mesmo” (Do It Yourself). No entanto, ela foca no uso da tecnologia para criar, consertar ou modificar objetos, consistindo num movimento que incentiva as pessoas a serem criativas e proativas para encontrarem soluções para problemas diversos. Seu principal objetivo é promover o aprendizado por meio da prática, estimulando o engajamento e a colaboração.

Quais as principais formas de aprendizagem?

Essa abordagem acredita que qualquer pessoa, com as ferramentas e os conhecimentos adequados, pode desenvolver soluções personalizadas para suas necessidades. Nesse sentido, existem algumas formas de aprender ligadas a ela, como a visual, a auditiva e a cinestésica. Continue e entenda cada um desses modos de aprendizagem!

Aprendizado Visual

O aprendizado visual é a capacidade de memorizar informações por meio de elementos gráficos, como diagramas e slides, sendo mais eficaz em ambientes tranquilos.

Aprendizado Auditivo

Já o auditivo se dá quando se aprende melhor por meio de explicações, como em aulas ou podcasts, em que a repetição verbal e a discussão são fundamentais.

Aprendizado Cinestésico

Por fim, o aprendizado cinestésico enfatiza a prática e a experiência. Aqui, os indivíduos se destacam em atividades que envolvem manipulação de materiais e experimentação, como em laboratórios e projetos práticos.

Quais os benefícios da cultura maker?

A cultura maker na educação traz diversos benefícios para o processo de aprendizagem. Ela estimula o protagonismo dos alunos, traz uma abordagem mais prática e personalizada para a educação, mas não para por aí.

Veja outros benefícios da utilização da cultura maker como prática integrante do dia a dia de crianças e jovens no contexto educacional.

Criatividade e inovação

Ela incentiva os alunos a explorarem sua criatividade, experimentando diferentes materiais e abordagens para resolver problemas. Por exemplo, ao criarem projetos, os estudantes desenvolvem habilidades de inovação, sendo estimulados a “pensar fora da caixa”.

Imagine um projeto de construção de robôs. Os alunos precisam usar a criatividade para projetar e construir um robô que atenda a determinados requisitos, sendo obrigados a utilizar diferentes designs e materiais até chegarem a uma solução inovadora.

Aprendizado prático e engajamento

Os alunos ficam mais engajados no processo educativo, pois têm a oportunidade de aplicar na prática os conceitos aprendidos em sala de aula. Um exemplo é a criação de uma horta na escola. Nessa proposta, eles aprendem sobre fotossíntese, sobre os nutrientes do solo e sobre os ciclos existentes na Natureza, além de colocar todo esse conhecimento em prática ao plantar e, depois, precisarem cuidar das plantas, ou seja, manter a horta.

Resolução de problemas e pensamento crítico

A cultura maker incentiva os alunos a identificarem problemas reais e a buscarem soluções criativas para eles. Com isso, os estudantes conseguem desenvolver habilidades de pensamento crítico, análise e tomada de decisão, de forma a ter maior capacidade de enfrentar problemas mais complexos.

Colaboração e trabalho em equipe

Em uma proposta maker, os alunos devem colaborar para projetar e construir algo juntos ou resolver problemas pensando de forma colaborativa. Dessa forma, eles aprendem a se comunicar de forma mais assertiva, a dividir tarefas e a resolver conflitos. Na cultura maker, é preciso trabalhar em equipe para planejar e construir cada etapa, testando e refinando fluxos e processos até a conquista do objetivo pretendido.

Autonomia e autoconfiança

A cultura maker empodera as pessoas a serem agentes de sua própria aprendizagem. Ao colocarem em prática seus projetos, os alunos desenvolvem autonomia e autoconfiança para enfrentar desafios futuros. O objetivo é que se sintam capazes de criar suas próprias coisas, desenvolvendo uma mentalidade de “eu consigo fazer isso”.

Conheça 5 atividades inerentes à cultura maker

Existem muitas atividades interessantes na cultura maker, mas todas têm uma característica em comum: são estimulantes. Até porque a ideia é sentir-se capaz de fazer por você mesmo. Confira agora algumas atividades relacionadas à cultura maker!

1. Prototipagem

A prototipagem é uma atividade fundamental na cultura maker. É um procedimento que incentiva a experimentação e a resolução de problemas de forma criativa. Nela, os participantes criam modelos físicos de suas ideias usando uma variedade de materiais, desde papelão e palitos de picolé até tecnologias avançadas, como impressoras 3D.

2. Construção de robôs

A construção de robôs é outra atividade popular na cultura maker, especialmente em ambientes educacionais. Os kits de robótica e programação permitem que se projete, construa e use a programação para resolver desafios específicos. Esse processo desenvolve habilidades em áreas, como: engenharia, lógica e trabalho em equipe.

3. Design de objetos 3D

Com o avanço das tecnologias de fabricação digital, o design e a impressão 3D se tornaram muito importantes, já que combinam criatividade e tecnologia. Um software de modelagem 3D é desenvolvido para criar objetos personalizados, que podem então ser impressos.

4. Marcenaria

Mesmo com o foco em tecnologia, a cultura maker também valoriza trabalhos manuais, como a marcenaria (construção de móveis e objetos de madeira). Essa atividade costuma ser incorporada em espaços de cultura maker, especialmente por desenvolver habilidades motoras e a capacidade de seguir instruções.

5. Produção audiovisual

A cultura maker também engloba a produção de conteúdo, como vídeos e podcasts, desenvolvendo habilidades de comunicação e narrativa. Os alunos gravam, editam e publicam seu próprio conteúdo, compartilhando suas criações com uma audiência global.

Qual a relação entre cultura maker e tecnologia?

Como se baseia na utilização de ferramentas digitais e técnicas modernas para a criação e a inovação, a cultura maker tem uma ligação muito forte com a tecnologia.

Não é à toa que atividades como impressão 3D, robótica e programação para desenvolver seus próprios projetos são fundamentais para sua implementação. Além disso, como hoje há mais acesso à informação e aos equipamentos tecnológicos, os indivíduos podem personalizar a forma como solucionam os problemas.

Como vimos, a cultura maker é um movimento que promove a criatividade, a colaboração e a individualidade, encorajando as pessoas a construírem, inventarem e experimentarem com suas próprias mãos.

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